Como se tornar um profissional em T e quais são as vantagens?


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Responda rápido: você é um profissional especialista ou generalista? Se você respondeu nenhum dos dois, é provável que se enquadre na categoria profissional em T.

Mas, afinal, o que seria um profissional em T?  O que esse tipo de classificação afeta no percurso de aprimoramento prático e teórico de uma pessoa trabalhadora? Existem vantagens? Desvantagens?

E o principal: como se tornar um profissional em T, caso seja esse o seu objetivo enquanto profissional?

De modo geral, tudo gira em torno de temas que apontam para o quanto devemos nos especializar em nossas atividades principais para atingirmos a excelência; e se essa tal excelência seria mesmo algo a ser almejado, em detrimento de um conhecimento teórico/prático mais diversificado.

Neste artigo, vamos procurar trazer todas as respostas a esses questionamentos, além de insights valiosos sobre desenvolvimento de carreiras. Vamos juntos?

O que é um profissional em T?

Embora seja um termo de origem dispersa, ouvimos hoje falar muito sobre profissional em T nos círculos corporativos e de formação do segmento de desenvolvimento de software e de sistemas.

E isso tem um motivo bastante justo: trata-se de uma área cujas opções de jornadas de carreira podem seguir rumos muitos distintos, principalmente quando nos referimos às diferentes linguagens de programação existentes hoje no mercado.

Apesar da aparente oposição que criamos no início deste artigo entre generalista e especialista, um profissional em T não deixa de ter se dedicado a fundo em uma área de atuação (ou uma linguagem de programação, por exemplo) e, ao mesmo tempo, ter outros conhecimentos.

Finalmente respondendo à pergunta, um profissional em T é aquele que é especialista em uma atividade, mas que também conhece sobre áreas adjacentes às suas, a ponto de conseguir até mesmo complementar seus conhecimentos e engrandecer sua atuação.

Profissionais (ou carreiras) em T: alguns bons exemplos

Vamos voltar logo mais ao profissional de TI. Antes, vamos inaugurar a seção de exemplos com um bastante comum e quase óbvio: o jornalista.

Seja por curiosidade, afeição aos temas ou – muito mais provavelmente – necessidade profissional, o jornalista de modo geral pode ser considerado um bom exemplo de profissional que segue uma carreira em T.

Seu escopo principal de atividade e de conhecimentos é a comunicação jornalística, que envolve apuração, redação, dentre outras habilidades. Em paralelo, por exemplo, um jornalista pode – e talvez deva – se embrenhar no mundo da política, dos esportes ou das relações internacionais, por exemplo.

E não resta nenhuma dúvida de que possuir aderência e conhecimentos sobre essas áreas ajuda muito no exercício geral da profissão.

O caso clássico dentro da área de desenvolvimento digital é a do profissional “front-end”, que desenvolve interfaces de usuário e a parte visível de sites e aplicações, versus o “back-end”, que é quem programa os sistemas e arquiteturas dinâmicas que rodam escondidas dos olhos do usuário.

As demandas de um caso podem ser muito mais bem compreendidas e resolvidas se o profissional (“back” ou “front”) tem algum conhecimento do escopo de trabalho do outro, e vice-versa.

Até aqui, ficou bastante claro que adotar uma trilha de formação em T pode ser muito vantajoso, não é mesmo? Pois vamos nos embrenhar um pouco mais fundo no próximo tópico!

Quais as vantagens de ser um profissional em T?

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Antes de qualquer coisa, é fundamental conhecer as vantagens e benefícios de abraçar a jornada de uma carreira em T. Afinal, a decisão é importante na vida de qualquer um, além de presumir algumas possíveis mudanças de comportamento e mindset.

1) Melhor compreensão do todo

Quando saímos de nossa caixinha específica de atuação e especialidade (a famosa saída da zona de conforto), temos a tendência a conseguir enxergar tudo por meio de outros prismas e de outras posições.

Essa nova perspectiva de observação do trabalho é extremamente rica. A partir dessas novas informações e maneiras de pensar, podemos refletir sobre o nosso próprio trabalho, bem como sobre o trabalho das outras pessoas.

2) Diferencial para o mercado

Apesar da crise e dos índices de desemprego que enfrentamos, alguns mercados estão bastante aquecidos e em busca voraz por profissionais que atendam às suas necessidades.

Em paralelo, um exército de candidatos se preparam e participam de processos seletivos. Nesse caldo grosso de talentos, vai se sobressair quem trouxer um “plus” – por exemplo, uma jornada de aprendizados cruzados e paralelos que agregam muito. Uma carreira em T!

3) Mais oportunidades de emprego

Na mesma toada do item anterior, muitas vagas estão surgindo, em todos os setores, com requisitos que podem variar muito mesmo dentro de uma determinada área. Desenvolvedores que o digam, não é mesmo?

Um profissional que esteja trilhando uma carreira em T tem à sua disposição um leque muito maior de vagas, e não apenas aquelas referentes à sua especialização.

Empresas tendem a ver com bons olhos quem se relaciona e se comporta bem, mesmo que não seja ainda o “top dos tops” naqueles quesitos mais técnicos.

4) Adaptação facilitada

No mercado atual, transição de áreas e setores (e até mesmo de carreiras) é algo um pouco mais comum do que já foi. Para quem está nessa situação, um dos grandes desafios é a adaptação à nova realidade.

Mas, para profissionais em T, esse processo pode ser um pouco facilitado e menos impactante. Afinal, trilhar outros caminhos que não o de sua formação ou do escopo principal de suas atividades é algo comum.

5) Melhor cooperação entre colegas e times

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Quando temos esse vislumbre do todo, incluindo aqui uma compreensão das atividades dos outros setores e de nossos colegas, o processo ganha contornos holísticos em nosso entendimento. Isso muda tudo.

Muda principalmente na maneira com que moldamos a nossa atuação e o nosso fazer de acordo com os mesmos processos de nossos colegas – sejam os do mesmo time, do mesmo setor e até da mesma empresa.

A cooperação ganha em potencialidade e isso se reflete de maneira imediata nos resultados e no bem estar da equipe toda.

Como se tornar um profissional em T?

Conforme já falamos um pouco, a decisão de trilhar uma carreira em T requer alguns passos, que nem sempre são sequenciais e muito menos ligados a alguma metodologia.

Basicamente, trata-se de tipos de comportamentos e maneiras de enxergar como o conhecimento flui em uma organização, e como absorver esse conhecimento da melhor maneira possível.

Abrace a inovação

A despeito de todos os clichês que envolvem o tema, inovar quase sempre tem a ver com a busca por maneiras diferentes (e mais eficientes) de se produzir, em qualquer nível ou escala dentro de uma organização.

Independente dos resultados, a busca em si traz insights muito valiosos e recheados de conhecimentos diversos para qualquer profissional que busque uma formação de carreira em T.

Aproveite o conhecimento de colegas

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“Faço o meu trabalho e pronto” é algo que profissionais em T não costumam dizer. Na verdade, o oposto disso!

Observar o trabalho dos colegas e aproveitar cada oportunidade para aprender é um comportamento não apenas valorizado no meio corporativo, mas que também traz grandes resultados na construção de um conhecimento sólido.

Perca a vergonha: arraste a cadeira e sente ao lado do seu colega para aprender um pouco sobre técnicas, sistemas, procedimentos e tudo o que for possível e relevante. Claro – peça antes a ele e aos superiores de cada um!

Enxergue problemas como oportunidades

Existem alguns problemas que são, na verdade, muito bons. Calma, não estamos malucos! Na verdade, esses problemas não são realmente bons por terem acontecido, já que podem trazer consigo aspectos negativos.

Na verdade, os problemas bons são excelentes oportunidades para aprendizado, principalmente porque se tratam de questões que exigem uma abordagem diferenciada e talvez o uso de uma ferramenta que não conhecemos.

Eis a oportunidade de aprendizado em T!

Procure entender o negócio como um todo

Você sabe o que faz a empresa onde você trabalha? Não digo seu “core business” apenas, mas a atuação de cada setor e de cada colega.

Se você é desenvolvedor back-end, você sabe quem são os “front”, quais as linguagens, frameworks que eles utilizam? E, principalmente, quais são suas dores e suas demandas?

Ter esse entendimento é a pedra fundamental e essencial para começar uma carreira em T, pois fornece a base para que você possa buscar esse conhecimento adjacente e formador.

Faça cursos sobre diferentes temas

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Qualquer passeada pelas redes sociais nos dá uma noção de quão aquecido está o mercado de cursos online, principalmente daqueles ligados à tecnologia. 

São muitas as opções de formações rápidas e que começam “do zero”, ou seja, são também para leigos. Essas são oportunidades de ouro para quem quer começar a planejar para ser um profissional em T.

Ou seja: você, desenvolvedor back-end, pode encarar um curso de HTML e CSS, ou React, por exemplo. Isso ajudaria muito a compreender o trabalho dos seus colegas “fronts” e a realizar o seu próprio desenvolvimento de maneira muito mais potencializada. Que tal?

Ah, aproveite e compartilhe este artigo com seus amigos e contatos que talvez se interessem por carreiras em T! Afinal, conhecimento e informação nunca são demais!